quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Daqui a cem anos

Postado por Y ♥ às 18:54 0 comentários

Eu costumava ter medo
Um dia morri
Morri tão cedo
não vivi

Tirei de dentro tudo o que morreu
Então guardei o medo
não lembro onde
acho que perdi

Afinal daqui a cem anos
o que haverá de mim?
Ossos não tem história
simplesmente estão ali

O medo, a dor, o fim

Postado por Y ♥ às 18:18 1 comentários

A dor virá, deseje ou não, seja esperada ou não. A dor é necessária para que você saiba que não é invencível. A dor te ensina a perder, e se você quiser aprender, te ensina a verdade. A dor passa e ela é sempre suportável, só por ela se revela a força verdadeira.
O medo é estúpido. Uma maneira imatura (mas nunca infantil, as crianças são corajosas) de tentar prever o futuro. O medo é a auto sabotagem, a maneira de se impedir de ser feliz. O medo não impede a dor, mas faz dela maior, faz da vida uma gaiola.
O fim é inevitável. Todo ciclo se fecha, haja ou não o desejo. É necessário aceitar o fim de uma fase. É necessário abraçar o fim para recomeçar. Aquele que abraça o medo ficará para sempre preso na dor, no vácuo entre o fim e o novo recomeço.
É preciso abraçar o fim, uma fênix necessita das cinzas.

Postado por Y ♥ às 18:01 0 comentários

Não escrevo para ser lida - que isso fique bem claro. Escrevo  por que algo em mim morrerá lentamente se não o fizer. Já dizia a música "conto por contar, eu deixo em algum canto". Meus blogs, como diários, acumulam-se fora dos olhares curiosos. Para mim e mais ninguém.
O veneno da vida em suas gotas escuras me corta a capacidade de respirar se não for descarregado. A melancolia, a tristeza, a neurose, a dor, mas também a alegria, as boas histórias, por que a água parada apodrece. A mudança é essencial e para ela a análise.
Este novo blog é como um barquinho com a vela içada, pode avançar se os ventos assim o desejarem, mas também pode naufragar. Que seja então entregue ao sabor das ondas.

 

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